A COVID-19, coronavírus responsável pela pandemia pela qual passamos, causando a SARS-COV-2, é um patógeno que tem grande tropismo principalmente para o sistema pulmonar, provocando um processo inflamatório intenso e grave na árvore traqueobrônquica, principalmente nos pacientes de alto risco como tabagistas e pneumopatas. Quando se trata de pacientes críticos, nos quais o acometimento pulmonar ocorre em praticamente 100% dos casos, a intubação traqueal é a única saída e temos que ter em mente e em prática qual a melhor conduta a se realizar nessas situações.
Além disso, temos a característica da alta transmissibilidade viral que acaba por facilitar a contaminação do ambiente e da equipe de saúde envolvida. Essa característica faz com que o processo de intubação traqueal seja realizado sem muita demora e sem múltiplas tentativas. Tudo que possa ser realizado a fim de diminuir os riscos de contaminação deve ser levado em conta. Devido a isso, a intubação orotraqueal não deve ser postergada e a manipulação de vias aéreas deve ser a menor possível, o que leva a uma intubação em sequência rápida.
Esta sequência rápida, com a administração de determinados agentes de latência e duração rápidas, tem como principal objetivo promover a não necessidade de ventilação sob máscara e permitir a colocação do paciente em prótese respiratória de uma maneira rápida com mínimo risco de contágio.
Abaixo, um vídeo que demonstra a técnica de intubação em sequência rápida para pacientes com SARS-COV-2.