TEC 2019
Sobre insuficiência cardíaca (IC) e arritmia cardíaca, é correto afirmar:
A) A terapia de ressincronização cardíaca (TRC) e cardioversor desfibrilador implantável (CDI) está indicada para pacientes com IC sintomáticos que já vêm com terapia medicamentosa otimizada, apresentando disfunção sistólica grave (FEVE < 35%) além de distúrbios de condução intraventricular com duração do complexo QRS > 120 ms. Dentre estes, os pacientes “hiperrespondedores “são os que apresentam maior chance de se beneficiar e são: os de etiologia isquêmica, do sexo feminino, com duração do complexo QRS > 150 ms, com padrão típico de bloqueio do ramo esquerdo (BRE), com átrios esquerdos de menor volume e índice de massa corporal (IMC) < 35 kg/m2.
B) Na presença de bloqueio atrioventricular (BAV) com indicação de marca-passo (MP) em pacientes com IC e disfunção ventricular sistólica, há beneficio de uso de terapia de ressincronização cardíaca (TRC), independentemente da duração do QRS, por reduzirem visitas à emergência, hospitalização por IC e mortalidade por todas as causas.
C) A morte súbita por arritmia ventricular em IC foi expressivamente reduzida com a terapia farmacológica contemporânea (antagonistas neurohormonais, betabloqueadores [BB], antagonistas da aldosterona e inibidores da neprilisina). Os fatores de risco para morte súbita são: morte súbita recuperada, documentação de um episódio de taquicardia ventricular sustentada (TVS) e de taquicardia ventricular não sustentada (TVNS), a alta densidade de ectopia ventricular no Holter e a presença de disfunção ventricular com fração de ejeção ≤ 35%.
D) Na indicação de cardioversor desfibrilador implantável (CDI) na prevenção secundária de morte súbita são candidatos aqueles portadores de: (1) disfunção ventricular recuperados de morte súbita por fibrilação ventricular (FV); (2) taquicardia ventricular sustentada (TVS) de causa não reversível; (3) TVS estável ou instável; (4) síncope recorrente inexplicada; e (5) FV no estudo eletrofisiológico invasivo não respondedor à ablação eletrofisiológica.
E) A indicação de cardioversor desfibrilador implantável (CDI) na disfunção sistólica (FEVE ≤ 35%) sintomática, de etiologia não isquêmica, em classe funcional II-III (NYHA) está claramente estabelecida, não necessitando de estratificação de risco dentro desta categoria.
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