A cardioversão por corrente contínua é um dos procedimentos mais comumente realizados em cardiologia. Choques de energia escalonadas são práticas comuns, mas a seleção de energia ideal é desconhecida. Anders S Schmidt et col comparamam os choques de energia máxima com choques de energia escalonada para cardioversão da Fibrilação Atrial (FA). Este estudo foi publicado no dia 31/08/19 no European Heart Journal sob o título Maximum-fixed energy shocks for cardioverting atrial fibrillation.
Foi um estudo randomizado em que pacientes com FA foram alocados eletivamente para cardioversão usando choques exponenciais bifásicos com carga máxima fixa (360-360-360 J) ou carga escalonada (125-150-200 J).
O ritmo sinusal após o primeiro choque ocorreu em 97 dos 129 pacientes (75%) no grupo com energia máxima fixa em comparação com 50 dos 147 pacientes (34%) no grupo com energia escalonada. Não houve diferença significativa entre os grupos em nenhum desfecho de segurança.
Conclusão
Choques de energia fixos máximos foram mais eficazes em comparação com choques de energia escalonada para cardioversão da fibrilação atrial. Choques de energia máxima fixa não foram associados a danos e, portanto, podem ser considerados para pacientes com fibrilação atrial de início recente e possivelmente também outras arritmias. É importante ressaltar que pacientes hemodinamicamente instáveis podem se beneficiar especialmente de choques de energia fixos máximos para garantir o término imediato da arritmia. Não foram encontradas diferenças no perfil de segurança entre choque com carga máxima e choques com cargas escalonadas.
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